A obra Papéis da Prisão, de Luandino Vieira, é apresentada este mês, reunindo num livro de 1.200 páginas apontamentos, correspondência e diário do escritor durante os anos de cárcere enquanto preso político, durante o Estado Novo.
O livro compila cerca de duas mil “débeis folhas” escritas num ambiente “de grande precariedade, de grande censura e extremamente violento”, primeiro nas cadeias de Luanda (onde deu entrada em 1961) e depois no Tarrafal (de onde saiu em 1972), em Cabo Verde, disse à agência Lusa a investigadora Margarida Calafate Ribeiro, uma das coordenadoras do projeto do Centro de Estudos Sociais (CES) que trouxe este espólio de Luandino Vieira a público.
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