16.º ENAPP – comunicações apresentadas

O 16.º Encontro Nacional da Associação de Professores de Português, preparado com a colaboração estreita da Universidade de Aveiro, decorreu nesta universidade, nos dias 3 a 5 de julho de 2025. Hoje partilhamos algumas das comunicações aí apresentadas.

A persistência de resultados escolares fracos derivam, sobretudo, de fragilidades na competência leitora, no pensamento complexo e na análise crítica, que indiciam claramente que, ao longo do percurso escolar dos alunos, são desenvolvidas principalmente competências de menor complexidade cognitiva.

 

No plano do ensino da oralidade, os dados continuam a apontar para o facto de que a compreensão e a expressão oral são sobretudo meios de avaliação, não sendo constituídas como um objeto de aprendizagem com conteúdos explícitos.

 

 

Por isso, neste 16.º ENAPP, destacaram-se, ao longo dos três dias de trabalhos, preocupações tanto no âmbito da leitura e da educação literária como da oralidade e da articulação entre estes domínios, a partir de algumas das seguintes questões:

Como é que os estudos literários influenciam o trabalho didático e pedagógico na sala de aula?  Qual o peso das orientações metodológicas e da avaliação externa nesse trabalho? Qual o papel dos manuais escolares e do cânone na configuração das práticas de ensino? Que relação estabelecer, numa sequência didática, entre textos, apresentação de conteúdos declarativos e procedimentais, atividades de oralidade, leitura e escrita? Qual a relação entre a regulação pela avaliação externa e a forma especializada que a aula de educação literária assume na escola? Qual o peso e o efeito de todos os metatextos que se cruzam com o manual e no manual? Quais as dimensões da oralidade que são ensináveis e estão presentes numa aula de Português – e na sua relação com a aula de educação literária? Por que razão é tão difícil ensinar a oralidade, que parece ser um domínio ‘omnipresente’ numa aula de Português? Em todas estas configurações da leitura escolar, e da leitura escolar de textos literários, qual o grau de liberdade de um professor? Como levar os alunos a estabelecerem relações complexas entre diferentes elementos textuais e a ler em profundidade um texto literário?

 

Muitas das respostas a estas questões resilientes e difíceis foram dadas durante o encontro – ou, pelo menos, algumas questões pertinentes foram então colocadas.

 

Algumas das respostas a estas preocupações foram dadas pelas comunicações apresentadas, que podem ser lidas, revistas ou consultadas neste linque, que dá acesso a uma pasta que apresenta aquelas para as quais já obtivemos autorização de partilhar.

À medida que obtivermos mais autorizações, partilharemos as respetivas comunicações.