«O poema “Rua André Breton” (Entre a Cortina e a Vidraça, 1972), de Alexandre O’Neill, pode ser lido como súmula perspicaz da história da literatura de uma parte significativa do século XX português. O’Neill convoca para o poema os dois movimentos literários que marcaram, de forma determinante e transgressora, o panorama nacional, a partir da década de 30 do século XX: o Neorrealismo (a que alude no verso “A imitação do isto, a gangazul, a variz da varina”) e o Surrealismo (vincando-se desde logo a dissidência e a mobilidade como marcas identitárias do movimento: “A rua André Breton está sempre a mudar de rua.”)».
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