A par de múltiplas secções – Riscos, Da Terra à Lua, Heart Beat, Verdes Anos, Doc Alliance, Cinema de Urgência, Competição Internacional, Competição Portuguesa e Competição Transversal –, o festival apresenta uma retrospetiva do brasileiro Carlos Reichenbach, um autor vanguardista que explorou diversos géneros e rompeu, em plena ditadura militar no Brasil, com os limites estéticos, narrativos e sociais da altura.
Além desta, o festival apresenta também uma retrospetiva sobre a questão colonial, cujo ponto de partida é a Guerra da Argélia, que simboliza o fim das colónias francesas e coincide com a decisão do Estado Novo de avançar para a guerra colonial. É uma viagem que deriva para o nascimento dos cinemas africanos – ou, como perguntou o realizador senegalês Ousmane Sembène ao francês Jean Rouch, quando houver muitos cineastas africanos, os cineastas europeus deixarão de fazer filmes sobre África?
A par de todas estas secções, e do projeto Nebulae, que integra um grupo de atividades, encontros, oportunidades e pessoas dedicados ao desenvolvimento da criação, produção e divulgação do cinema independente, o Doclisboa apresenta ainda um projeto educativo para escolas, com oficinas e sessões dirigidas especificamente a crianças e jovens, com dossiês pedagógicos, mas também formação de adultos e oficinas de formação para professores, em parceria com a associação cultural Os Filhos de Lumière e o Plano Nacional das Artes.
O Doclisboa transforma-se a cada ano com os filmes que cada cineasta traz ao festival. Ao longo de 20 anos, foram muitos olhares, muitas imagens, e foi com todos eles que o festival é o que é hoje. Por isso, a organização convidou vários destes cineastas, próximos e amigos do festival, e pediu-lhes que oferecessem 20 segundos para o 20.º aniversário do Doclisboa – essa galeria digital pode ser vista aqui.
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