Porn Studies

É a nova paixão curricular dos estudantes universitários, que abarrotam todas as turmas dedicadas a esta temática (convenhamos: é muito mais excitante do que a miríade de estudos marxistas...

Autor: Williams, Linda (ed.)

Data Publicação: 2004

Título: Porn Studies

Local Publicação:</strong: Durham

Editora: Duke University Press

Síntese: É a nova paixão curricular dos estudantes universitários, que abarrotam todas as turmas dedicadas a esta temática (convenhamos: é muito mais excitante do que a miríade de estudos marxistas que há uns anos invadiu as universidades americanas). Ou seja, a pornografia legitima-se como campo de estudo académico. Nesta colecção de ensaios há um pouco de tudo: congeminações sobre o pénis do ex-presidente Clinton, estudos sobre o vídeo porno caseiro de Pam Anderson e Tommy Lee, as vantagens e desvantagens da pornografia da Internet, análises sobre as relações de raça (a que eu chamo as verdadeiras relações inter-raciais). Um dos meus tópicos preferidos é sobre o sublime na pornografia (mas não contem nada ao Burke).

Citação::”Há imensas questões, preocupações e debates sobre o vibrador, para saber se ele cabe no sexo lésbico. Será um substituto do pénis? Será uma comutação do masculino? Um falo? Um fetiche? Será que ele sente? Será que ela tem prazer com ele? Será erótico? Pode ser castrado? Deverei castrá-lo? Serei castrada? Tenho inveja do pénis? Tenho inveja do falo? Tenho um fetiche? Será que quero ser um homem? Será esta a única forma de ter uma vida sexual activa? É perverso? Serei perversa? Será que sou estúpida por usá-lo? Será que deverei ler mais teoria lacaniana? Será que deverei ler mais interpretações feministas de Lacan? Será que devo castrar Lacan?” (Heather Butler, p. 183)