42.º Festival de Almada

De 4 a 18 de julho, o Festival de Almada regressa para a sua 42.ª edição, trazendo a Almada e Lisboa mais de 50 atividades culturais, que celebram a criação artística contemporânea. Ao todo, são 20 espetáculos de teatro, dança, novo-circo, marionetas e teatro de objetos, em nove palcos distintos, com destaque para nomes e companhias que conquistaram o público em edições anteriores.

Os 20 espetáculos de teatro, dança, novo-circo, marionetas e teatro de objetos incluem peças de Alberto Conejero, Aristófanes, David Hare, Édouard Louis, Marcel Pagnol, Marco Martins, Peter Handke, Shakespeare, Sófocles, Tchecov e muitos outros autores – ou histórias contadas sem palavras.

De destacar o espetáculo de abertura, Les gros patinent bien – Cabaret de carton / Os gordos patinam bem – Cabaré de cartão, de Pierre Guillois e Olivier Martin-Salvan, Shakespeare num teatro de marionetas, em La Tempesta, ou a adaptação de um texto de Édouard Louis pela Schaubühne Berlin, em History of Violence, com encenação de Thomas Ostermeier.

E uma justíssima homenagem a Lia Gama, cujo nome artístico, sugerido por Carlos de Oliveira, foi inspirado na Leah do José Rodrigues Miguéis de Leah e outras histórias. Porque Lia queria ter como nome artístico Leah – mas ficou a sugestão de Carlos de Oliveira, numa mesa de poetas, quando ela tinha falado da sua preferência.

Parabéns pelo seu belo e enorme trabalho, Lia Gama!

 

Em 2021, em entrevista ao Público, Édouard Louis defendia que «Não há nada mais revolucionário do que a verdade» – a verdade dos que não têm voz, dos que estão perto de nós, de todos os cidadãos, escutados atentamente, em relação íntima entre o teatro e a democracia.

É dessa verdade que falam os inúmeros espetáculos e «actos complementares» deste Festival de Almada.

 

O programa do Festival pode ser consultado aqui.

 

Fonte da imagem aqui.