Mostra de Cinema Negro
Esta mostra, organizada pelo Centro de Arte Moderna Gulbenkian, pretende dar a conhecer o Cinema Negro feito em Portugal nas últimas décadas e contribuir para o debate público em torno destes filmes e das muitas questões que suscitam.
Construídas em torno dos temas Entre-Lugar, Memória e Ancestralidade, Ecologia e Feminismo, Antirracismo – Família e Rua, as sessões contam com a presença de cineastas para conversar com o público sobre as obras apresentadas. A seleção inclui obras de Denise Fernandes, Fábio Silva, Falcão Nhaga, Lolo Arziki, Melissa Rodrigues, Mónica de Miranda, Pocas Pascoal, Raquel Lima, Silas Tiny, Vanessa Fernandes e Welket Bungué.
O título deste ciclo, que tem curadoria de Kitty Furtado, parte da ideia de que to gaze não é o mesmo que olhar (to look), implica uma relação de poder assimétrico entre quem olha e quem é objeto desse olhar.
É possível adquirir um passe diário ou um passe geral, para além do bilhete individual de cada sessão.
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Os transparentes
A companhia Cegada estreia hoje Os Transparentes, adaptação teatral do romance homónimo de Ondjaki, publicado em 2012 pela Editorial Caminho (LeYa) e distinguido com o Prémio José Saramago em 2013.
Com dramaturgia de Marta Dias e encenação de Manuela Paulo, a peça sobe ao palco do Teatro Estúdio Ildefonso Valério (TEIV), em Alverca, entre 31 de outubro e 16 de novembro de 2025, com apresentações de quinta a sábado, às 21 horas, e domingos, às 16.
Durante o processo de ensaios, a companhia recebeu a visita de Ondjaki, que partilhou com a equipa artística as suas perspetivas sobre a obra e a sua transposição para o palco. O encontro resultou num diálogo criativo e inspirador entre literatura e teatro, fortalecendo a ponte entre a escrita original e a nova leitura cénica. Com esta adaptação, a Cegada reforça o seu compromisso em trabalhar textos de relevância social e política, promovendo o cruzamento entre criação literária e teatral contemporânea.
Publicado em 2012, Os Transparentes é um retrato vívido da cidade de Luanda, onde convivem energia e desordem, beleza e caos, riqueza e pobreza. Com humor, lirismo e ironia, Ondjaki reflete sobre desigualdade, poder, amor, solidariedade e resistência, um espelho poético e crítico da sociedade angolana.
Ondjaki é uma das vozes mais proeminentes da literatura angolana contemporânea. Entre os vários prémios que recebeu, destacam-se o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (2007), o Prémio Jabuti (Brasil, 2010), o Prémio Bissaya Barreto (2012), o Prémio José Saramago (2013) e o Prémio Vergílio Ferreira (2023). A sua obra, traduzida em múltiplas línguas, abrange romance, conto, poesia e literatura infantojuvenil.
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