Na rubrica Artigos, destacamos o texto «Uma assentada pelo clima», de Carlos Rocha, sobre neologia e aeroportos.
O artigo defende que «Assentada é, portando, uma forma curiosa de traduzir sit-in e sit-down, semanticamente inspirada pelo inglês mas formalmente portuguesa, conseguindo evocar uma outra palavra de cariz também político. E diga-se que é boa solução, porque investe um novo significado numa palavra já existente, com elementos culturais do Portugal contemporâneo. O seu registo numa notícia documenta como os neologismos já nascem carregados de associações, linguísticas e extralinguísticas.» Texto completo aqui.
Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:
i. Como aportuguesar «O anglicismo foodie»? A resposta refere que a palavra significa «apreciador de comida, gastrónomo, gourmet» e pode ser lida aqui.
ii. Sobre o nome do recipiente para gás: «garrafa ou botija?». Excerto da resposta, que pode ser lida neste linque:
«Quanto à sua origem, de facto, o termo botija terá chegado ao português através do castelhano (vulgarmente conhecido como espanhol), como indica a nota etimológica do DLPACL. Como se trata de uma palavra atestada nos vários dicionários de língua portuguesa e é bastante difundida no uso, pode-se considerá-la como uma palavra portuguesa, mas que chegou à língua por via do espanhol.»
iii. Sobre «O valor imperfetivo de “começou a fazer…”» numa frase como «O João começou a fazer os trabalhos de casa depois do almoço.».
A resposta, que pode ser lida aqui, destaca que «Um dos elementos distintivos entre os valores perfetivo e imperfetivo está relacionada com a forma como estes perspetivam a situação. Assim, o valor perfetivo apresenta a situação como estando completa, descrevendo-a na sua totalidade. Já o valor imperfetivo apresenta a situação como incompleta, perspetivando-a sem olhar ao todo e, normalmente, numa das suas fases: início, decurso ou fim.»
No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.
Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.
Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt
Esta semana, destacamos o vídeo 32 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, Mação:
Qual a diferença entre “senão” e “se não”?
A resposta, dada pela consultora Carla Marques, pode ser consultada no vídeo disponível aqui.
Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 37, a resposta à seguinte questão:
Qual é o certo: «O João é menor de idade», «O João é de menor de idade» ou «O João é de menor»?
Assista a este vídeo para saber a resposta, dada pelo consultor Fernando Pestana, que, por ser brasileiro, apresenta a resposta segundo a terminologia gramatical do Brasil.
Mais informações e fonte da imagem aqui.