Destaques do Ciberdúvidas – 20.6.25

O Ciberdúvidas da Língua Portuguesa responde a questões e presta informações a todos os que querem saber sempre mais sobre a língua portuguesa – o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Esta semana destacamos a rubrica «Montra de Livros, a rubrica «Consultório, a rubrica «O Ciberdúvidas Vai às Escolas» e a rubrica «Ciberdúvidas Responde.

A rubrica Montra de Livros destaca o livro Hipocritões e Olhigarcas. Passado e Futuro das Guerras Coloniais, de Rui Tavares.

O artigo é escrito por Carlos Rocha, que destaca aqui que o livro «está escrito num estilo ágil, tornando acessível uma reflexão de certa complexidade sobre a história da cultura, que também manifesta um posicionamento claro quanto à atual situação política nacional e internacional. Ao preâmbulo (“Labirintos e asteriscos”, p. 9-21), que evoca tempos míticos, das raízes helénicas da cultura ocidental, seguem-se cinco capítulos: “A invenção de Deus e do diabo” (pp. 23-53), “Filhos do Terramoto, usurpadores do trovão” (pp. 53-81), “O caos dos casos” (pp. 83-113), “A rádio de Roosevelt contra a telefonia totalitária” (pp. 115-140) e “presente e futuro das guerras culturais” (pp. 140-170). A conclusão (“A mudança mudou”, pp. 171-176), bastante crítica da atuação de Donald Trump e Elon Musk, faz eco de um conhecido soneto de Camões. Uma sucinta e muito útil secção de “Comentários e sugestões de leitura” (pp. 177-183) remata o volume, em cujas páginas se encontram ainda pequenas notas para contextualização de factos e debates, bem como ilustrações que motivam comentários e apoiam a própria argumentação no corpo do texto.»

 

 

Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:

i. Sobre os «Tempos verbais na primeira estrofe de Os Lusíadas»: se, no final do século XVI, o pretérito se escrevia como “edificarão / sublimarão”, como se grafava o mesmo verbo no futuro (ou seja como se distinguiam as palavras que agora grafamos como edificaram e sublimaram?

A resposta alega que «é pela métrica que se sabe que edificarão e sublimarão são hoje edificaram e sublimaram» e pode ser lida aqui.

 

ii. Podemos «utilizar a locução prepositiva «à luz de» como conjunção subordinativa conformativa em frases como «À luz do que é mencionado na Constituição Federal, fica vedada a associação de caráter paramilitar.»?

A resposta «A locução prepositiva “à luz de”» pode ser lida neste linque e defende que a locução prepositiva «à luz de» introduz uma oração subordinada substantiva relativa.

 

iii. Na frase «O problema, dizia Benito, era que não tinha os papéis em ordem», a palavra que é uma conjunção subordinativa completiva com a função sintática de predicativo de sujeito?

A resposta, «O problema, dizia Benito, era que não tinha os papéis em ordem», que pode ser lida aqui, destaca que «em rigor, não há predicação nestas frases […] a oração completiva, nestes exemplos, não atribui nenhuma propriedade à entidade abstrata representada pelo sujeito, mas limita-se antes a especificar, ou explicitar o próprio conteúdo dessa entidade».

 

 

No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.

Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.

Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt

Esta semana, destacamos o vídeo 34 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, Mação:

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em que situações se utiliza o c nas palavras?

A resposta, dada pela consultora Carla Marques, pode ser consultada no vídeo disponível aqui.

 

 

Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 39, a resposta à seguinte questão:

Telemóvel tem um acento, e outras palavras graves, isto é, cuja sílaba tónica é a penúltima, também acento gráfico. Por exemplo, lápis, abdómen, açúcar ou bónus têm acento. Porquê?

Assista a este vídeo para saber a resposta, dada pelo consultor Carlos Rocha, que refere que, em geral, as palavras paroxítonas não são acentuadas, por se partir do princípio de que em português predominam as palavras graves. Contudo, há uma série de palavras graves que exigem acento gráfico.

 

 

Mais informações e fonte da imagem aqui.