Na rubrica Artigos, destacamos dois textos:
i. O artigo ‘O termo Carnaval e outros tais!», sobre a lexicologia de Carnaval e outras palavras, em que Inês Gama observa que, de acordo com a grande maioria dos dicionários, «o termo Carnaval, com inicial maiúscula, era usado para designar o «período de festas profanas, que, no mundo cristão medieval, se iniciava, geralmente, no dia de Reis, a Epifania, e se estendia até Quarta-Feira de Cinzas, dia em que começava o tempo quaresmal, caracterizado pela abstinência de carne». Já nos dias de hoje, Carnaval, também gravado com inicial maiúscula, designa sobretudo «os três dias imediatamente anteriores a Quarta-Feira de Cinzas, em que têm lugar todo o tipo de diversões e folias com disfarces e máscaras» (DLPACL). Tendo em conta os excessos que são muitas vezes cometidos neste período, a palavra carnaval, gravada com inicial minúscula, pode ter um sentido figurado, quando se pretende descrever todo o tipo de situações associadas a festejos excessivos.» Quanto à origem dessa e de outras palavras, consultar o artigo aqui.
ii. O artigo «Preciosismo vs. preciosidade?», de Paulo Barata, analisa equívocos e detalhes de um comentário televisivo, confundindo as duas palavras parónimas. Ler aqui uma longa reflexão sobre essas palavras.
Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:
i. Uma pergunta sobre uma «oração adjetiva explicativa reduzida de particípio», cuja resposta, que pode ser lida aqui, é baseada na tradição gramatical brasileira.
ii. Uma pergunta sobre os verbos «achar e acreditar com os modos indicativo e conjuntivo», cuja resposta, que pode ser lida neste artigo, é apresentada no contexto de frases complexas constituídas por uma oração subordinante que inclui um verbo de crença (acreditar, achar) e por uma oração subordinada completiva.
iii. Uma pergunta sobre «A dúvida em etimologia». A resposta esclarece vários casos de palavras cuja etimologia permanece imprecisa ou indefinida. Mesmo assim, e a partir do Dicionário Houaiss, 1.ª edição, 2001, é possível interpretar e dispor tais categorias do seguinte modo: por um lado, as de origem obscura e desconhecida, e as de origem duvidosa ou controversa, por outro lado. Artigo aqui.
Na rubrica Abertura, os editores do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa destacam hoje o seguinte conjunto de tópicos: «Aliado hostil» e «terras raras», transgenerismo, a classificação do nome Sofia e a base da norma culta. Desenvolvimento neste linque.
No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.
Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.
Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt
Esta semana, destacamos o vídeo 19 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Agrupamento de Escolas de Alfornelos (Amadora): «Por que motivo se confunde o b e o v no Porto e noutras cidades ou regiões?»
A resposta, dada pelo consultor Carlos Rocha, pode ser consultada neste vídeo e começa por evocar o período da história da língua portuguesa a que se chamou galaico-português.
Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 24, a resposta à seguinte questão: Em que situações se usa a expressão «trata-se»?
Assista a este vídeo para saber a resposta, dada por Edite Prada, que mostra por que razão não é correto dizer uma frase como «*Esta situação trata-se de um grande problema.»
Mais informações e fonte da imagem aqui.
