Na rubrica Artigos, destacamos um texto:
i. Um artigo, de Carla Marques, sobre «A relação entre as palavras dicionário e glossário» e a especialização do léxico. Diz a autora: «As palavras não são sinónimas uma vez que os sentidos que ativam não são equivalentes. No entanto, pertencem ao mesmo campo lexical, dado que ambas descrevem compilações que assentam no trabalho com as palavras.»
Artigo aqui, em cuja conclusão se pode ler que «o escopo da palavra glossário é mais restrito, referindo também um trabalho com a significação lexical, mas circunscrito a uma determinada realidade.»
A rubrica Montra de Livros, destaca o livro digital Festivais Tradicionais Chineses vistos pelos alunos e professores da ESLCLGG.
O destaque é escrito por Inês Gama, que refere que «O ensino da língua portuguesa em Macau (território em que o português é língua oficial até 2049) passou a integrar os currículos escolares ainda nos anos 70, mas foi nos 80, em ambiente de pré-transferência de soberania portuguesa para a chinesa, que a sua implementação foi mais forte e também mais dinâmica. Atualmente, as autoridades em Macau têm feito um grande investimento na promoção do ensino do português, sendo isto visível no crescente número de escolas de ensino não universitário que oferecem aos seus estudantes a oportunidade de estudar português. Várias destas instituições conciliam a aprendizagem mais formal da língua com outras atividades, procurando assim incentivar os estudantes para a aprendizagem da língua portuguesa. Neste sentido, a Escola Secundária Luís Gonzaga Gomes e o Instituto Internacional de Macau, publicaram, este ano, um e-book(livro eletrónico), intitulado Festivais Tradicionais Chineses: vistos pelos alunos e professores da ESLCLGGe que compila trabalhos dos estudantes sobre algumas tradições chinesas explicadas em português e chinês.»
O livro-e pode ser consultado aqui.
Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:
i. Como identificar e explicar os «Processos de referenciação anafórica» no excerto «A epopeia Os Lusíadas é uma obra emblemática, constituída por dez cantos, com a qual Camões, seu autor, homenageia o povo português. O poeta fá-lo através da Viagem do Gama à Índia e da História de Portugal, não esquecendo os deuses romanos, salientando-se Júpiter, Vénus e Baco.»? A resposta identifica vários processo de anáfora e pode ser lida aqui.
ii. Sobre «A interjeição como classe de palavras e como recurso expressivo». Excerto da resposta, que pode ser lida neste linque:
«A interjeição, como aliás outras classes de palavras, pode ser analisada do ponto de vista da sua inserção numa das classes em que se organizam as palavras de uma língua. Neste campo, note-se que a consideração da interjeição como uma classe de palavras a par do nome, do verbo ou do adjetivo não é pacífica entre os gramáticos. Com efeito Cunha e Cintra afirmam: «Não incluímos a interjeição entre as classes de palavras pela razão aduzida à página 78.» e, mais à frente, «Com efeito, traduzindo sentimentos súbitos e espontâneos, são as interjeições gritos instintivos, equivalendo a frases emocionais.» e mais à frente «Não incluímos a interjeição entre as classes de palavras pela razão aduzida no capítulo 5.»
iii. Sobre «Sujeito e infinitivo impessoal» e algumas divergências que se encontram nessas classificações: «em alguns lugares, classificam como sujeito inexistente; já em outros, como um tipo de indeterminação do sujeito. Qual das duas acepções está correta? Ou ambas estão e irá depender do contexto?». A resposta analisa o exemplo «Deve ser divertido fazer quadrinhos!» e pode ser lida aqui.
No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.
Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.
Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt
Esta semana, destacamos o vídeo 31 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Instituto Politécnico de Lisboa: Quando se separa ou junta a forma –te a uma palavra?
A resposta, dada pela consultora Carla Marques, pode ser consultada no vídeo disponível aqui.
Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 36, a resposta à seguinte questão:
A frase «Parece que este acontecimento aconteceu com aquele homem quando a viu partir» está correta?
Assista a este vídeo para saber a resposta, dada pela consultora Edite Estrela, que explica por que razão a frase não apresenta erros de construção.
Mais informações e fonte da imagem aqui.