Este novo recurso permite que os alunos pratiquem questões semelhantes às que podem encontrar em avaliações externas, oferecendo uma experiência de estudo mais próxima da realidade dos exames nacionais. As perguntas são interativas e dinâmicas, proporcionando um retorno (feedback) imediato sobre o desempenho, o que ajuda na revisão e no desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas e de questões de maior complexidade cognitiva (ver a este propósito o recente Relatório do CNE sobre o Estado da Educação, 2024, que destaca, na p. 12 ss., a necessidade de melhorarmos e mudarmos as práticas escolares, em contextos de inovação pedagógica que desafiem o pensamento, a criatividade e as formas interdisciplinares de trabalho – itálico nosso).
Com esta novidade, a plataforma MILAGE reforça o seu compromisso em apoiar os alunos na preparação para os exames, enquanto permite aos professores acompanhar o progresso dos seus alunos em tempo real. Este desenvolvimento vem ao encontro das necessidades de uma aprendizagem mais autónoma, personalizada e alinhada com as exigências do sistema educativo.
A integração de perguntas interativas na plataforma MILAGE visa, também, aumentar a motivação dos alunos, ao tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico e desafiante. Este é apenas mais um passo no caminho para uma educação digital de excelência, que promove a inclusão, a autonomia e o sucesso escolar.
A plataforma Milage tem tido a colaboração da APP na modalidade Conquista o Português. O desafio que se colocou foi o seguinte:
i. Em Português, os resultados dos alunos na avaliação externa (e nos estudos internacionais) são tendencialmente fracos numa série longa de resultados e revelam dificuldades persistentes. Exemplos:
– Os itens – sobretudo de Leitura e Gramática – que se aproximam do modelo dos exames / provas finais de ciclo tendem a revelar-se menos difíceis (apesar de poderem ter maior complexidade);
– Os alunos têm maior dificuldade com competências mais complexas de leitura, associadas a itens de maior complexidade cognitiva (fazer inferências, comparar ideias e textos, relacionar, pensar criticamente…);
– Muitas aulas, sobretudo em Educação Literária, centram-se em aspetos de análise literária em itinerários pedagógicos muito dependentes dos manuais;
– As aulas são tipicamente «textocêntricas», mas com pouca leitura e pouca escrita.
ii. Deste ponto de vista, de que modo o projeto Conquista o Português poderia responder a algumas das dificuldades que os alunos têm revelado de forma mais resiliente?
Alguns princípios subjacentes ao trabalho desenvolvido:
– Ajudar os alunos a desenvolverem competências mais complexas e aprofundadas de leitura;
– Incluir itens de construção, com modelos de resposta para os alunos poderem compreender os aspetos do conteúdo (em particular, de Leitura e de Educação Literária) e confrontarem a sua resposta com um modelo estruturado, correto e completo;
– Desenvolver alguns tópicos, aprofundando o conteúdo científico dos itens;
– Diversificar os géneros textuais e os autores representados:
9.º (entre outros): texto expositivo (3x), peça de teatro, áudio de documentário televisivo, texto narrativo (x2), crónica (x2), poema (x2).
12.º (entre outros): texto expositivo-argumentativo (5x), poema (3x), texto narrativo (3x), s, entrevista.
Autores representados (até ao final do ano letivo de 2024/25): Agustina Bessa-Luís, Almeida Garrett, Álvaro de Campos, António Osório, Camões, Fernando Pessoa, Frederico Lourenço, Gonçalo Cadilhe, Gil Vicente, José Eduardo Agualusa, José Saramago, Lídia Jorge, Nuno Júdice, Onésimo Teotónio Almeida, Sophia, Teolinda Gersão, entre outros.
Mais informações e fonte da imagem aqui.
