O português do Brasil na sala de aula – vídeos da ACD

O debate sobre o português do Brasil na sala de aula contou com a presença de mais de 180 pessoas que partilharam dúvidas e reflexões em torno do tema. Os oradores contribuíram com o relato da sua experiência e com a discussão de soluções para os vários desafios colocados pelos professores de português. Hoje publicamos os vídeos desse debate, em exclusivo para os sócios da APP.

O formador Fernando Pestana respondeu às principais preocupações dos professores de Português, nomeadamente em relação aos desafios que enfrentam com os alunos brasileiros no âmbito do ensino dessa disciplina.

De facto, a chegada constante e em número crescente de estudantes estrangeiros ao sistema de ensino português implica grandes desafios para as escolas e para os professores de Português, desde aqueles que são colocados pelos alunos que não falam a língua da escola, e que frequentam a disciplina de PLNM – por nunca terem tido contacto com o português ou não terem sido escolarizados nesta língua (ver, a este propósito, a Reflexão da APP sobre o perfil docente para PLNM, o Plano Estratégico para a Aprendizagem de Português como Língua Estrangeira, as Áreas prioritárias de formação dos professores de Português e as VII Jornadas Pedagógicas da APP – síntese apresentada no encerramento dos trabalhos)  –, e os desafios colocados pelos estudantes provenientes do Brasil, que correspondem a cerca de metade de todos os alunos estrangeiros no nosso sistema de ensino.

Neste caso, as dificuldades sentidas tanto por professores como por alunos estão sobretudo relacionadas com diferenças associadas às variedades do português e às duas normas-padrão reconhecidas: a norma do português europeu (PE) e a norma do português do Brasil (PB). Como diz Inês Gama neste artigo sobre «Os desafios do ensino do português aos estudantes estrangeiros», como devem os professores resolver este dilema: «ensinam exclusivamente a norma do PE e exigem que os alunos produzam textos segundo as regras estabelecidas por esta, considerando erro tudo aquilo que se afasta dela (até mesmo o que segundo a norma do PB é permitido); ou aceitam que no discurso do aluno possam existir estruturas linguísticas que estejam em consonância com a norma-padrão do PB, respeitando assim a variedade por meio da qual aprendeu a falar e que, num determinado momento da sua vida, fez inclusive parte da sua escolarização»?

 

A riqueza e a importância do debate podem ser revistos nos vídeos que apresentamos neste linque e também neste e neste, em exclusivo para os sócios da APP.

 

 

Fonte da imagem aqui.