Querido Pai

Na sexta-feira, dia 17 de outubro, pelas 18h, no Museu Militar do Porto, e na terça-feira, dia 21, também pelas 18 horas, no Museu do Aljube, em Lisboa, a editora Tinta-da-china e o Museu Militar apresentam o livro Querido Pai, uma conversa entre ausentes – Cartas da Guerra 19561-1975, de Ana Vargas e Joana Pontes.

O livro de Ana Vargas e Joana Pontes trata da correspondência entre pais mobilizados e os seus filhos menores, durante a guerra colonial.

A história que aqui se conta, diz o editor, é a da relação dos militares mobilizados para a guerra colonial portuguesa com os filhos menores que deixaram na Metrópole ou que vieram a nascer na sua ausência, vivida através da correspondência. Em aerogramas escritos e desenhados, o militar vai desempenhando o seu papel de pai. Os filhos, por seu lado, consoante a idade, vão respondendo da maneira que conseguem, por vezes com a ajuda das mães, dos irmãos ou de outros familiares. Esta troca de correspondência revela as inquietações de ambos os lados e oferece‑nos uma reflexão muito particular sobre a ideia de família numa sociedade em mudança, a par dos valores e dos contextos sociais que marcaram uma época fundadora na história do país.

 

Ana Vargas nasceu em 1962, em Díli, Timor. É filha, sobrinha e neta de militares. Estudou no Instituto de Odivelas entre 1972 e 1979, e é licenciada em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa (1980-1985). Tem uma pós-graduação em Artes da Escrita realizada na Universidade Nova de Lisboa (2018-2019).

 

Joana Pontes licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa, fez estudos em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, na RTP e na BBC. Em 2003, concluiu o Programa Avançado em Jornalismo Político na Universidade Católica de Lisboa. Em 2018, doutorou-se em História, na especialidade de Impérios, Colonialismo e Pós-Colonialismo, pelo ISCTE-IUL. Na Tinta-da-china, publicou Sinais de Vida: Cartas da Guerra, 1961-1974 (2019, Prémio Fundação Calouste Gulbenkian para a História Moderna e Contemporânea da Academia Portuguesa da História) e co-coordenou Visões do Império (2021), resultado da exposição homónima no Padrão dos Descobrimentos, da qual foi curadora, com Miguel Bandeira Jerónimo. Dedica-se à investigação em história contemporânea portuguesa e à escrita e realização de documentários.

Os leitores da revista Palavras lembrar-se-ão da participação de Joana Pontes no número 56-57, em 2020, com um texto para o Em Destaque dedicado a Jorge de Sena (que estava na capa). Joana Pontes escreveu o artigo «Memórias do escritor prodigioso», que pode ser relido aqui.

 

 

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