XII Olimpíadas da Língua Portuguesa

As Olimpíadas da Língua Portuguesa estão de volta! A primeira prova será a 14 de janeiro de 2025. As escolas podem inscrever alunos até 15 de dezembro.

À semelhança do ano letivo anterior, as XII Olimpíadas da Língua Portuguesa (OLP) vão ser organizadas, em 2024/25, pela Associação de Professores de Português com a colaboração da Direção-Geral da Educação (DGE), da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), do Plano Nacional de Leitura (PNL) e da Escola Secundária de Camões (ES Camões).

As provas vão ter lugar a 14 de janeiro (1.ª fase), 20 de fevereiro (2.ª fase) e 9 e 10 de maio de 2025 (3.ª fase).

Em 2023/24, no ano da celebração dos 500 anos do nascimento de Camões, as XI Olimpíadas da Língua Portuguesa também foram organizadas pela APP e foram o pretexto para uma festa – daí que tenham participado, na 1.ª fase, mais de 12500 alunos de Portugal, das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, e de Escolas Portuguesas no Estrangeiro (EPE), em Angola, Cabo Verde, Macau, Moçambique e S. Tomé e Príncipe, correspondentes a mais de 250 agrupamentos de escolas, escolas não agrupadas, colégios, externatos, academias, institutos, academias de música. De todos estes alunos, 261 realizaram a prova da 2.ª fase, e 50 alunos do básico e do secundário realizaram a 3.ª fase, nos dias 17 e 18 de maio, em Aveiro, na Escola Secundária Dr. Mário Sacramento, num ambiente que foi de festa ligada à língua portuguesa, lendo expressivamente um texto, escrevendo um texto ou um poema, debatendo ideias ou fazendo uma breve performance, tal como este vídeo mostra, em relação à edição de 2023, e este em relação à de 2024.

Como dissemos no final da 3.ª fase, em 2024, na Antologia que os alunos receberam, e que foi organizada pelas professoras Cristina Pimentel e Isabel Almeida, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), podemos ler que o poeta Herberto Helder (em «escrevi um curto poema trémulo e severo», 2014, p. 81) fala sobre a língua que alimenta a «densa delicadeza dessas linhas» de um poema, esse organismo mais complexo que tudo o que existe (em «Nada pode ser mais complexo que um poema», 2014, p. 82), e fazer isso «apenas com palavras» e com «movimentos milagrosos de míseras vogais e consoantes» (id., ibid.), nem que seja para dar a ver «Meu pai a erguer uma videira/ Como uma mãe que faz a trança à filha.», como diz Torga, em “Bucólica” (1937, p. 50).

É esta a beleza da língua portuguesa e o poder da palavra, em particular quando é escrita pelos nossos melhores poetas e escritores. E é também isso que celebramos nas XII OLP e nesta festa da língua portuguesa, porque é aí ‘onde afinal pode acolher-se um fraco humano’ quando ‘se arma e se indigna o Céu sereno/ Contra um bicho da terra tão pequeno’, para parafrasearmos livremente o comentário que Camões faz no final do Canto I da sua epopeia.

Contamos consigo para os nossos alunos incentivarem o bom uso da norma-padrão do Português Europeu e aumentarem o trabalho, dedicação, exemplo, empenho e amor à língua portuguesa, lendo cada vez mais os grandes escritores e poetas, que alimentam a «densa delicadeza» das linhas de textos e poemas.

 

As inscrições decorrem até ao dia 15 de dezembro de 2024.

Para mais informações, veja a página das XII Olimpíadas da Língua Portuguesa ou as Perguntas Frequentes.

 

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