Na rubrica Artigos, destacamos dois textos:
i. O artigo «Língua x estilo: sabe a diferença?», de Fernando Pestana, analisa aqui algumas considerações sobre sistemas linguísticos e escolhas individuais.
ii. Um artigo, de Carlos Rocha, «Sobre lapsos linguísticos no velório do Papa». Excerto do artigo, que pode ser lido neste linque:
«No comentário, diz-se que o papa era «octagenário». A forma correta é octogenário, «que tem entre 80 e 89», vocábulo importado por via culta, do latim octogenarius, palavra por sua vez derivada de octogeni, «oitenta de cada vez» (Dicionário Houaiss). Repare-se que o numeral ordinal correspondente a 80 é octogésimo, que exibe o elemento octo-, o mesmo que octo, «oito» em latim, sempre com a vogal o em ambas as sílabas. Já em relação a 800, a forma correspondente, octingintésimo, tem i na sequência octin-, visto ter origem no latim octigenti, «oitocentos». Acrescente-se que, em relação às décadas por que se pode fasear a idade dos seres humanos, se usam, além de octogenário, quadragenário, quinquagenário, sexagenário, septuagenário, nonagenário e centenário (cf. ibidem). Para os mais novos, dos primeiros anos de vida aos 39 anos, o léxico tem outra forma e proveniência: adolescente ou o anglicismo teenager, para quem tem entre 13 e 19; e vintão e vintaneiro, que, pelo menos, em Portugal, são pouco ou nada usados, ao contrário de trintão, mais corrente no discurso.»
Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:
i. A resposta à pergunta «Na frase «Nossos parentes são muito leais para serem nossos acusadores», o termo «para serem nossos acusadores» é agente da passiva?» pode ser lida no artigo «Oração subordinada adverbial consecutiva introduzida por para».
ii. O uso da vírgula com orações disjuntivas para distinguir inequivocamente os seus valores. A resposta, dada por Carla Marques, pode ser lida aqui.
iii. Um pergunta sobre a correção da frase «Sem os médicos, ninguém era saudável e “não” tinha uma vida normal». A resposta pode ser lida neste linque e explica por que razão a frase em apreço não está correta.
No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.
Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.
Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt
Esta semana, destacamos o vídeo 27 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Instituto Politécnico de Lisboa: Qual a diferença entre porque, porquê e por que?
A resposta, dada pela consultora Carla Marques, pode ser consultada no vídeo disponível aqui.
Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 32, a resposta à seguinte questão:
Qual destas estruturas é a correta: «melhor esclarecido e informado» ou «mais bem esclarecido e informado»?
Assista a este vídeo para saber a resposta, dada pela consultora Inês Gama.
Mais informações e fonte da imagem aqui.