Destaques do Ciberdúvidas – 28.3.25

O Ciberdúvidas da Língua Portuguesa responde a questões e presta informações a todos os que querem saber sempre mais sobre a língua portuguesa – o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Esta semana destacamos dois artigos, três respostas na rubrica «Consultório», a rubrica «Abertura», a rubrica «O Ciberdúvidas Vai às Escolas» e a rubrica «Ciberdúvidas Responde».

Na rubrica Artigos, destacamos dois textos:

i. Um artigo sobre «A pronúncia do termo latino incipit» e a influência da ortoepia latina, em que Carla Marques explica por que razão a pronúncia correta será «ínquipit» e não «inquípit», como por vezes se ouve, ou seja, em português a palavra deverá manter o acento na antepenúltima sílaba, tal como acontece com outros termos similares (por exemplo, «déficit»), uma vez que, em latim, esta palavra é proparoxítona, ou seja, esdrúxula. Desenvolvimento aqui.

ii. O artigo «Cair o Carmo e a Trindade», em que Inês Gama explica o sentido desta expressão, que está relacionada com o terramoto de 1755, em Lisboa. Artigo neste linque.

 

 

Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:

i. Uma pergunta sobre «O apóstrofo e a preposição de». Artigo aqui, em que Carlos Rocha explica o emprego do apóstrofo para «assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: borda-d’água, cobra­d’água, copo-d’água, estrela-d’alva, galinha-d’água, mãe-d’água, pau-d’água, pau-d’alho, pau-d’arco, pau-d’óleo.», discutindo, nomeadamente, se o uso nestas palavras é obrigatório, ou facultativo.

ii. Uma pergunta sobre «Cantigas e vilancetes» – a resposta, que pode ser lida neste artigo, analisa, no âmbito da poesia camoniana, várias estruturas poéticas em medida velha, como a esparsa, as endechas, o vilancete ou a cantiga, concluindo que, «o poema “Descalça vai para a fonte” é um vilancete, ao passo que o poema “Foi-se gastando a esperança” é uma cantiga.»

iii. Uma pergunta sobre «Pontuar e pontoar». A resposta, que pode  ser lida aqui, mostra que o Corpus do Português comprova que, no registo formal do português brasileiro, só se usa pontuar como sinónimo de «marcar pontos» (num contexto de competição desportiva ou equivalente), sendo o verbo pontoar arcaico no português brasileiro contemporâneo e no português europeu.

 

 

Na rubrica Abertura, destacamos o artigo «A língua dos emojis», que analisa como a «presença das tecnologias na sociedade atual tem introduzido novos processos de comunicação que, com em busca de formas económicas de transmissão de mensagens, se têm socorrido de estratégias como o uso de símbolos, designados comummente emojis (um empréstimo do inglês, que, por seu turno, a recuperou do japonês). Artigo neste linque.

 

 

No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.

Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.

Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt

Esta semana, destacamos o vídeo 23 com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Instituto Politécnico de Lisboa: Como se usa o presente do conjuntivo com expressões de desejo e dúvida?

A resposta, dada pela consultora Carla Marques, e disponível neste vídeo, mostra que é no verbo da oração subordinante que se encontra a justificação para o uso do conjuntivo, que ativa valores como a incerteza, a dúvida, a hipótese, a possibilidade.

 

 

Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 28, a resposta à seguinte questão: As palavras pai, mãe, filho, tia, primo devem ser consideradas hipónimos ou merónimos da palavra família?

Assista a este vídeo para saber a resposta, dada pela consultora Inês Gama.

 

 

Mais informações e fonte da imagem aqui.