Na rubrica Artigos, destacamos dois textos:
i. O artigo «Censura e confiança nas luzes da ribalta», em que Inês Gama faz algumas considerações sobre estes termos, destacando que «a situação política em Portugal e no mundo, cada vez mais instável e perigosa, causa naturalmente enorme inquietação. As palavras e as expressões que descrevem um ambiente político valem sempre a pena como objeto de análise e, neste caso, espelham bem tempos de conflito e incerteza.» Desenvolvimento aqui.
ii. O artigo «Cair o Carmo e a Trindade», em que Inês Gama explica que a expressão «é utilizada para descrever situações que provocam surpresa ou até confusão, podendo as suas consequências serem graves. Também é correntemente usada com uma conotação muitas vezes irónica quando se receiam consequências graves de causas sem importância, por exemplo, «Não vai cair o Carmo e Trindade se não fizeres isso!». Artigo neste linque.
Na rubrica Consultório, que permite que os consulentes façam perguntas aos especialistas do Ciberdúvidas – mas verificando primeiro se não existe já uma pergunta que tenha sido feita anteriormente e que responda a essa dúvida –, destacamos, esta semana, três questões:
i. Uma pergunta sobre a função sintática da expressão «da arte», numa frase como «O mundo da arte está cheio de modelos femininos.». Resposta aqui, em que se explica que, no caso em apreço, o constituinte «da arte» desempenha a função sintática de modificador do nome restritivo.
ii. Uma pergunta sobre a função sintática do constituinte «segundo o encenador» na frase «Uma versão que, segundo o encenador, não contém todo o original do autor romântico.» – a resposta, que pode ser lida neste artigo, mostra que esse constituinte desempenha a função sintática de modificador da frase.
iii. Uma pergunta sobre «Pronomes pessoais átonos e «haver de» + infinitivo». A resposta, que pode ser lida aqui, mostra que construções como «alguma coisa boa há de acontecer-me» ou «alguma coisa boa há de me acontecer» são ambas corretas.
No âmbito da intenção de alargamento da ação do Ciberdúvidas nas redes sociais, foi lançado, como os sócios da APP já sabem, O Ciberdúvidas Vai às Escolas.
Este novo projeto leva o Ciberdúvidas às escolas onde se ensina a língua portuguesa, em Portugal e no mundo. Aí, de forma presencial ou à distância, um consultor do Ciberdúvidas esclarece, ao vivo e em direto, as dúvidas que os alunos têm relacionadas com questões gramaticais.
Estas sessões são gravadas em formato vídeo e serão divulgadas, posteriormente, nas redes sociais do Ciberdúvidas, no formato de vários pequenos vídeos (ou reels), que dão a conhecer o esclarecimento dado a cada uma das dúvidas apresentadas, de modo a que outros alunos e professores possam ter acesso aos conhecimentos envolvidos, para esclarecer dúvidas ou sistematizar conhecimentos.
As escolas interessadas em participar neste projeto, recebendo o Ciberdúvidas presencialmente ou à distância, poderão contactar os responsáveis pelo projeto por correio eletrónico: ciberduvidas@iscte-iul.pt
Esta semana, destacamos o vídeo 21, com a resposta à dúvida colocada por um estudante do Agrupamento de Escolas de Alfornelos (Amadora): Qual a diferença entre «ter que» e «ter de»?
A resposta, dada pelo consultor Carlos Rocha, e disponível neste vídeo, mostra que há motivos históricos que fazem com que a expressão «ter que» seja aceitável, no sentido de obrigação, apesar de ser preferível, até em termos estilísticos, a expressão «ter de».
Na rubrica Ciberdúvidas Responde, destacamos, no episódio 26, a resposta à seguinte questão: Como se usa corretamente «obrigada»?
Assista a este vídeo para saber a resposta, dada por Carlos Rocha, que mostra que, em português, o agradecimento expresso por «obrigado» concorda em género com a pessoa que agradece e não com a pessoa a quem se agradece.
Mais informações e fonte da imagem aqui.