Dia Mundial da Língua Portuguesa

Celebra-se hoje, 5 de maio, o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

A data de 5 de maio foi oficialmente estabelecida em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas. Em 2019, a 40.ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de maio de cada ano como Dia Mundial da Língua Portuguesa.

A celebração da língua portuguesa, em diferentes regiões do mundo, reflete a sua dimensão crescentemente global, com mais de 265 milhões de falantes espalhados por todos os continentes, sendo a língua mais falada no hemisfério sul – e podendo, tendo em conta as estimativas da ONU e as projeções demográficas, atingir os 400 milhões de falantes em 2050.

Para marcar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, a Associação Portugal Brasil, em conjunto com os seus parceiros, lança nesta data o projeto Cidadania da Língua, que propõe uma reflexão sobre este tema, em particular publicando vídeos curtos em que diplomatas, escritores, atores e agentes e produtores culturais partilham a sua visão de uma cidadania da língua.

Esses vídeos, que começam com a frase “Para mim, a Cidadania da Língua é…”, fazem parte da programação do Festival Literário Internacional  em Poços de Caldas, em Minas Gerais, no Brasil, e serão apresentados no dia 23 de junho, em Coimbra, na Feira do Livro da cidade.

O projeto Cidadania da Língua é coordenado pela escritora brasileira Samantha Buglione e tem curadoria do escritor brasileiro André Augustus Dias e dos produtores culturais portugueses Carlos Moura Carvalho e José Manuel Diogo, que, neste artigo, destaca que a língua portuguesa é provavelmente a única que, até hoje, garante “autorização de residência em Portugal praticamente automática aos cidadãos dos países de língua portuguesa, [o que] é um instrumento revolucionário porque assenta na pertença a uma língua comum e não a uma geografia.”

De 4 a 7 de maio, em Lisboa, decorre também o Festival Internacional Literatura e Língua Portuguesa, cujo programa prevê mesas de autor e de debate, sete centenários (porque em 1923 nasceram Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Mário-Henrique Leiria, Millôr Fernandes, Natália Correia e Urbano Tavares Rodrigues), cinema, performances, leituras, concertos, itinerários, cursos de escrita, programa educativo e várias outras iniciativas dos parceiros do festival.

Algumas sugestões para este fim de semana do Festival 5L: no domingo, às 16h30, no Palácio Galveias, Daniel Jonas e José Gardeazabal conversam sobre “escrever a falha”. A performance (de 3 horas) “Biblioteca do Fim do Mundo” ocorre na biblioteca de Alcântara (23h59, de sábado para domingo, ou às 17 horas de domingo). Na biblioteca de Marvila, às 17 horas de sábado, tem lugar uma performance de Nástio Mosquito com Kalaf Epalanga. Paulina Chiziane conversa, às 12 horas de sábado, com Mirna Queiroz, no Palácio Galveias, e José Mário Silva conversa com Javier Cercas, às 15 horas, também no Palácio Galveias, sobre heróis periféricos. No sábado, às 16h30, também no Palácio Galveias, André Barata e Luís Sarmento debatem os geradores de texto automático, como o ChatGPT).

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