Com o título «Currículos escolares: História dos portugueses ciganos entra nas aprendizagens essenciais», o jornal Público deu um destaque central na capa da edição do dia 29 de setembro ao projeto História & Estórias Ciganas, a que a APP se associou desde a primeira hora.
No dia 29 de setembro, a notícia no jornal Público realçou que esse caminho (de entrada da História dos portugueses ciganos no currículo escolar) está a ser preparado por um projeto de várias associações de professores que visa «resgatar da invisibilidade a componente multissecular cigana da cultura portuguesa».
Excerto do artigo:
«A primeira referência à presença de pessoas ciganas no Reino de Portugal é o poema As Martas D. Jerónimo (1510), da autoria de Luís da Silveira, publicado no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. E a segunda é a A Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, representada nas Cortes de 1521.
Um protesto contra a presença cigana levanta-se nas Cortes de 1525. E, à semelhança de outros monarcas da Europa Ocidental, D. João III decide ordenar a expulsão dos ciganos do reino e vedar a entrada de todos os outros (1526).
O que vem depois são séculos e séculos de leis repressivas. Numa sucessão de diplomas, os ciganos são proibidos de levar vida itinerante, de usar os seus trajes coloridos, de falar a sua língua, de praticar quiromancia. Sob pena de deportação para as colónias, trabalho forçado nas galés ou mesmo morte.
Incorporar tal realidade nas aprendizagens do ensino obrigatório não foi algo de que, de repente, o grupo de trabalho se tenha lembrado. Há, lembra Marta Torres [da Associação de Professores de História], todo um contexto internacional a reclamar esse passo.»
O artigo pode ser lido na íntegra aqui ou aqui, na versão digitalizada da versão em papel.
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